terça-feira, 24 de julho de 2012

MÃE

Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães,ok?
 Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar.
Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:


  MÃE É MÃE: mentira !!!
 Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
 Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
 Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
 Também é cozinheira e lavadeira.
 Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
  Mãe às vezes também é pai.
 Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
 Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero
 de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
 Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima,
 antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também
 namora, trabalha, adora dançar.
 Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã
 de aeróbica, mergulhadora.
 Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
 Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

 MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
 Sabe por quê?
 Claro que sabe!
 Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
 De certa forma, tem duas mães.
 Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
 Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
 E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
 Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma
 deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco
 mães.
  Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto
 maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser
 uma forma de exercer a maternidade.
 O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.
 SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!
 Que paraíso, cara-pálida?
 Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não
 entram.
 Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e
 aborrecida outras tantas, vamos combinar.
 Quanto a padecer, é bobagem.
 Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra
 amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
  Por exemplo?
 Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da
 festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que
você não tem a mínima idéia de onde fica.
 Aí a barra é pesada, pode crer...

 MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER: mentira !!!
 Maternidade não é serviço militar obrigatório!
 Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
 Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não
 tê-los, como sabê-los?
 Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
 Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
 Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação,
 vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida
 mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
 Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem
filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças
na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem
nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de
Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.
 MAMÃE, EU QUERO: verdade!
 Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.


 5 anos: "Mamãe, te amo."
11 anos: "Mãe, não enche."
16 anos: "Minha mãe é tão irritante."
18 anos: "Eu quero sair de casa."
25 anos: "Mãe, vc tinha razão."
30 anos: "Eu quero voltar pra casa da minha mãe."
50 anos: "Eu não quero perder a minha mãe."
70 anos: "Eu abriria mão de TUDO pra ter minha mãe aqui comigo."...




Autoria de Marta medeiros




segunda-feira, 2 de julho de 2012

SER MÃE - QUANDO O VENTRE SE TORNA SOL

Mãe, cresce em teu ventre um filho do Eterno.
A energia se condensa em volta da estrelinha espiritual.
O azul do Céu se junta com o vermelho da Terra.
O teu ventre vira um sol, e tua aura fica tão linda!

Que o teu útero seja uma casa abençoada!
Que as luzes do universo iluminem o lar do teu bebê.
Que tu sintas a pulsação da vida chegando a ti.
Que tu recebas o filho como um presente da Presença**.
Que a história dele seja linda contigo.

Na linha do horizonte do céu de teu coração, brilha a aurora.
Em teu ventre, brilha o fogo estelar revestido de corpo da Terra.
Em teus olhos, o brilho da esperança e do amor.
Nos olhos do bebê, o brilho da vida florescendo na nova experiência.
Mãe, em teus olhos, e nos olhos do teu filho, o brilho da Presença.

Sabe, o Eterno cingiu espiritualmente tua fronte e disse:
"Querida, recebe uma de minhas estrelinhas, como se fosse tua.
Cuida dela com inteligência e carinho, sem deixares de ser tu mesma.
Ama-a e ajuda-a a crescer; mas sem que tu deixes de crescer também!

E não te esqueças: tu também és uma de minhas estrelinhas.
Tu eras menina; agora te tornastes mulher e mãe: percebes o ciclo da vida?
Por um tempo, minha estrelinha será tua; cuida dela como um presente".

Mãe, tua tarefa não é fácil; mas os poetas e os espíritos te compreendem.
Eles percebem o presente que a Presença te deu. Eles vêem o brilho!
Eles conhecem tuas esperanças e teus sonhos, apenas pelo brilho do teu olhar.
Eles olham para o teu ventre e vêem o sol; olham para ti, e vêem a aurora.
Eles vêem tua fronte cingida pelo Eterno. Eles sabem de onde vem a estrelinha.

Sim, os poetas e os espíritos de luz conhecem o teu presente.
Por isso eles se uniram para te homenagear, sob a luz da Presença.
Tu agora és mais do que mulher: tu és mãe! Tem um sol no teu ventre!
Saibas disso, querida, e sejas feliz.

Que a luz ilumine a jornada de teu bebê pelos caminhos da vida.
Que o amor te dê forças e coragem para ajudá-lo nessa travessia.
Que tu sejas uma inspiração para ele.

E, não te esqueças: além de mãe, tu és mulher também!
Não cuides apenas dele; cuida de ti mesma; cresça junto!
O bebê é uma estrelinha do Todo; mas tu também és!

Que tu brilhes muito; que o bebê brilhe; que a vida floresça...
Em todos os brilhos, o brilho da Presença que está em tudo.

(Esses escritos são dedicados a todas as mães; pelas noites de sono mal dormidas; pelos seios rachados de tanto amamentar; pelo choro de preocupação; pela paciência de aguentar muitas pirraças; pela coragem de aceitar a tarefa de educar uma estrelinha da Presença como se fosse sua mesma; pela força de suportar o próprio ventre virar sol; pela decisão de permitir o desenvolvimento de mais uma vida em seu ser, mesmo à custa de tanto sacrifício.)

P.S.:
Esses escritos não têm um motivo particular. Eles simplesmente vieram.
Assim como a própria vida, eles apenas são. Igualzinho às estrelinhas, eles descem entre os homens.
Só a Presença é que conhece os motivos de tudo o que rola interdimensionalmente.
Os espíritos sopram as idéias. Já os poetas, esses nada sabem, só sentem... E escrevem.

(Uma Homenagem às Mães, Médiuns* da Vida)

Paz e Luz.
Wagner Borges