domingo, 22 de maio de 2011

O AMOR MAIOR

O amor maior está aí...
Passam as vidas, passam as eras, no entanto, Jesus continua firme, guiando os rumos da humanidade.
Por vezes, a vida na Terra parece um caos. Contudo, isso é só aparência transitória, pois há um controle total por trás das situações.
As pessoas dizem que a vida piorou, e que há muitos crimes acontecendo por aí...
Sabemos que o sofrimento é real, mas sabemos, também, que Jesus e outros luminares siderais estão agindo.
As notícias e os fatos são tristes, mas há um Amor Maior, Onipresente e
Interpenetrante, agindo nos bastidores dos corações humanos.
Quem trabalha no Bem tem que ser otimista por natureza. E há vários motivos para isso: se há sangue jorrando, também há anjos cantando; se há desordem e injustiça na Terra, elevem os olhos ao Espaço e lembrem-se de Jesus (e relembrem-se de que todos são imortais).
O sangue jorra por aí, mas ninguém morre, pois a alma não sangra nunca.

* * *

Na verdade, a alma não nasce nem morre. Ela só entra e sai dos corpos durante os ciclos evolutivos, que regulam o desenvolvimento das consciências em todos os lugares do
Cosmo.
As boas pessoas não podem entrar no ritmo da violência alucinante e nem na dança inconsequente das fofocas e discussões funestas. Vibrem PAZ, LUZ e AMOR na alma, mesmo que tudo pareça difícil e sem solução.
Na vida, há situações cármicas - que vão e vêm -, sempre sob o controle preciso dos Engenheiros Siderais que regulam o desenvolvimento das várias humanidades que moram nos diversos orbes espalhados pela vastidão sideral...
A Terra é um planeta bem pequeno no contexto evolutivo do Universo, e a problemática humana nada significa para outras raças que são luz pura.
Enquanto os terrícolas comentam sobre o sangue derramado pela inconsequência humana, há seres de luz pura convidando as pessoas a se juntarem a eles nos conclaves siderais que decidem a evolução dos seres.
Enquanto a dor acicata os homens terrestres, há seres de pura luz vibrando,
Invisivelmente, PAZ, AMOR E LUMINESCÊNCIAS INDESCRITÍVEIS.

* * *

Em planetas acicatados pela dor da violência, seres como Jesus, Krishna, Gautama, Láo-Tzé, Hermes Trismegisto, Ramakrishna, e outros, são esteios espirituais que canalizam O AMOR MAIOR QUE GOVERNA A EXISTÊNCIA para os lugares mais pobres do Universo.
Há planetas mais avançados e mais atrasados do que a Terra. Contudo, o habitante terrícola já ultrapassou todos os limites da tolerância evolutiva de uma raça simples. É por isso que a dor o persegue sem tréguas.
Novamente advertimos: pensem sempre em Jesus, em Krishna, e em outros luminares espirituais. Não compactuem com a leviandade e com a hipocrisia. Não olhem a violência com olhos de terror, olhem-na com olhos honestos de compaixão.
Não comentem sobre o infortúnio dos outros, não as palpites na tragédia alheia. Tenham responsabilidade e grau de consciência.
Não deixem a língua inconsequente comandar sua mente. Não deixem o desequilíbrio domar seu coração. Não dêem vazão à infelicidade.
Trabalhem direito na vida. Aproveitem as chances que a vida dá e funcionem corretamente. Se há violência e sangue jorrando na televisão, também há gente invisível trabalhando além da morte.
Há tragédias acontecendo agora mesmo, em vários lugares; no entanto, há boa música aparecendo, para estimular a alma a vencer as provas do caminho.
Resumindo: Jesus está trabalhando!
Por favor, não se esqueçam disso. Não deixem a maldade humana afastar seus corações dos bons princípios.

Paz e Luz.

- Ramatís e André Luiz -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Texto extraído do livro "Viagem Espiritual - Vol. 3" - Editora Universalista - 1998.)

- Nota de Wagner Borges: recebi este texto no quadro de aula, durante uma palestra com cerca de 170 pessoas, no IPPB, em São Paulo. Logo depois, um dos espíritos da Companhia do Amor* complementou esses escritos com o seguinte:
"As vidas passam, as eras se sucedem, mas uma coisa nunca muda: em alguma época, o Amor Maior capturará os seus corações e os encantará com a doce presença de uma Paz tão grande, que nem vocês mesmos acreditarão que um dia viveram e falaram de violência, em um planeta atrasado, lá nos confins da Via Láctea."

- Nota do Texto:
* A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.

Wagner Borges

quinta-feira, 19 de maio de 2011

GRAÇAS, MEU DEUS

Pedi a Deus um pouco d'água pra minha sede aplacar...

Ele me deu rios, lagos, a chuva e o próprio mar...

Pedi a Deus muita música pra meu ouvido embalar...

E aos sons da natureza, ouvi pássaros cantar.

Pedi a Deus espetáculos para eu poder me entreter...

E Ele mostrou-me o encanto do sol ao entardecer...

Eu pedi uma mansão pra realizar um sonho antigo

E Deus estendeu-me os seus braços de amigo.

Pedi a Deus companhia pra não me sentir sozinho...

E Ele me deu amigos, animais e da família o carinho.

Pedi a Deus um remédio pra aplacar minhas dores...

E Ele cercou minha vida de prazeres e amores...

Pedi a Deus o retorno dos que nos deixaram sós...

Ele mostrou-me que as almas continuam entre nós...

Eu nada tenho, enfim, que vos pedir, meu Deus...

Porque viveis realizando os mais fundos sonhos meus:

Provestes a Terra com todo bem que necessito

E o que precisa a minh'alma... está por todo o infinito.

(Oriza/2005)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

NOSSA SENHORA

"Cubra-me com seu manto de amor
guarda-me na paz desse olhar
cura-me as feridas e a dor
me faz suportar.

Que as pedras do meu caminho

meus pés suportem pisar
mesmo ferido de espinhos
me ajude a passar.

Se ficaram mágoas em mim
Mãe tira do meu coração
e aqueles que eu fiz sofrer
peço perdão.

Se eu curvar meu corpo na dor
me alivia o peso da cruz
interceda por mim minha mãe
junto à Jesus.

Nossa Senhora
me dê a mão cuida do meu coração
da minha vida, do meu destino
do meu caminho, cuida de mim.

Sempre que o meu pranto rolar
ponha sobre mim suas mãos
aumenta minha fé e acalma
o meu coração.

Grande é a procissão a pedir
a misericórdia, o perdão
a cura do corpo e pra alma
a salvação.

Pobres pecadores
oh, mãe
tão necessitados de vós
Santa mãe de Deus tem piedade de nós.

De joelhos aos vossos pés
estendei a nós vossas mãos
rogai por todos nós, vossos filhos
meus irmãos."

(Desconheço autoria)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

AMOR DE MÃE

Segundo sabemos, o Dia das Mães nasceu nos Estados Unidos, em 1908, no Estado da Virgínia, por inspiração e iniciativa da senhorita Ana Jarvis. Oficializou-se no Brasil em 1932.

Feliz idéia de Miss Jarvis! Justa homenagem à “Rainha do Lar”, não obstante os homens haverem tisnado a pureza do evento, com sua proverbial voracidade mercantilista.

O amor de mãe é uma das muitas manifestações divinas que excedem ao entendimento humano. Aliás, que seria da Humanidade e de sua perpetuação no Planeta, se não fora o sustentáculo desse amor?

Talvez, porcentagem esmagadora daqueles que descem à carne não sobreviveria se Deus, em Sua Infinita Sapiência e Bondade, não colocasse esse “anjo guardião” para nos amparar nos primeiros anos de nossa infância, frágil e indefesa!

Vale considerar que existem muitas mães que não expressam essas características de anjo tutelar, mas isso é exceção da regra, constituindo a minoria.

O amor maternal está no rol dos grandes mistérios divinos que desafiam explicações nascidas de malabarismos intelectuais. Aliás, nenhuma das ciências humanas poderá explicar, satisfatoriamente, essa manifestação a que denominamos Amor. Talvez seja porque os recursos de nossa mente não ultrapassam o plano das relatividades, enquanto o amor deve ser algo que nos alcança, vindo de uma dimensão mais alta, do absoluto, fora do armazém de informações a que chamamos mente. É aquele algo sentido e não explicado. É o sentir independente do saber.

Quis o Senhor, em Sua Infinita Sabedoria e Bondade (se assim nos permitem conjeturar), que toda a Sua criação estivesse amparada e garantida pelo desvelo maternal, em todos os segmentos da vida.

Temos, pois, no amor de mãe, a garantia da sobrevivência de todas as espécies de vida animal que evoluem na Terra. Amor de mãe – Oh mistério de Deus! Quem poderá explicar, satisfatoriamente, por que a ave chororó morre tentando, inutilmente, apagar com o bater de asas o fogo da queimada que vai reduzir a cinzas seus filhotes no ninho? Por que a galinha investe, em luta desigual, contra o predador que vem devorar seus pintinhos? Por que animais temíveis como a pantera, a leoa, a loba e muitos outros trocam seus violentos instintos carnívoros por atitudes de extrema ternura para com a prole?

A diferença é que a proteção, o alimento, o agasalho e o carinho materno nos animais não ultrapassam o tempo apenas necessário a que seus filhotes aprendam a se cuidar, enquanto nos humanos, o amor materno é aquela eterna bênção divina, agasalhando os filhos por toda a vida terrena, com seqüência na Pátria Espiritual.

A literatura espírita é pródiga em exemplos de continuidade do amor materno no Mundo Espiritual. Dentre muitos casos, citamos apenas um contido no livro Libertação, de André Luiz: (ed. FEB):

Matilde é o nome da mãe sublimada. Residindo em altas esferas espirituais, jamais se despreocupou do filho, o temível sacerdote Gregório, líder de poderosas organizações criminosas nos planos espirituais inferiores. Separada desse filho amado há alguns séculos, conseguiu, graças à força de seu divino amor, recuperá-lo para as hostes do Cordeiro, com orações constantes e a colaboração de muitos Espíritos amigos.

Neste mundo expiatório, onde o crime, o vício e as degradações proliferam infrenes, o amor maternal aí está para minimizar os sofrimentos, servindo, consolando, fortalecendo, aconselhando e, não raro, consumindo-se até o último alento, em benefício de filhos que optaram por caminhos tortuosos. Graças às condições de atraso moral de nosso mundo, o número de lares onde as mães podem desfrutar as venturas de conviver com filhos equilibrados, carinhosos e reconhecidos ainda é bem menor do que o número de lares onde imperam a indiferença, o egoísmo, a impiedade e a ingratidão para com os desvelos maternos.

Quantas mães, justo no dia em que são homenageadas, estarão visitando os filhos que cumprem penas nos presídios? Quantas convivem, heroicamente, com o infortúnio de cuidar de filhos deficientes pelo resto de suas vidas? Quantas outras, no Dia das Mães, despedaçam seus corações, com saudades das filhas queridas, agora residindo em antros de prostituição? Não se pode esquecer também das mães viúvas, por vezes sustentáculos de famílias numerosas, trabalhando horas excessivas até à exaustão, para que não falte o dinheiro do aluguel, o alimento, os estudos dos filhos, etc.

Não são raros os casos de mães que, lutando sozinhas, conseguiram formação superior para filhos que, pouco tempo depois de receberem seus diplomas, perderam suas heróicas benfeitoras, exauridas pelos esforços constantes. A vida dessas heroínas é semelhante à da árvore generosa, sempre renovando a safra de frutos para servir à família.

Todos temos muitos amores em nossas vidas: amamos o torrão onde nascemos; amamos nossos animais domésticos, nossos amigos e, de certo modo, até os nossos inimigos, evitando revides e vinganças.

Mas, tudo isso não passa de amores menores, em cujo exercício dificilmente chegamos aos exemplos sublimados da renúncia da própria vida, qual ocorre com o amor de mãe, exceção feita, repetimos, às que escapam a esse comportamento.

Sem exagero, podemos afirmar que, abaixo do Amor de Deus e do Amor Universalista pregado e exemplificado por Jesus, o amor de mãe pode ocupar o terceiro lugar: Amor de Deus, Amor de Jesus e Amor de mãe.

Dia virá em que esse amor deixará de estar confinado ao núcleo familiar, tornando-se prática comum e espontânea entre todos os homens. Nesse porvir, a Terra será um mundo venturoso! Jesus, do alto da cruz, profetizou esses tempos felizes, olhando para João e recomendando a Maria – “Mulher! Eis aí teu filho”, isto é, veja em cada homem um filho amado. Depois, dirigindo-se a João – “Eis aí tua mãe”, como a lhe dizer: – Veja em cada mulher uma progenitora querida.

As mensagens que os Espíritos nos enviam homenageando as mães quase sempre enfocam os dramas pungentes daquelas que tiveram suas vidas repletas de sacrifícios e consumidas pelas ingratidões dos filhos. Tais poemas nos levam às centenas de milhares de mães que habitam localidades misérrimas, que proliferam nos países do chamado Terceiro Mundo.

No Dia das Mães, para homenagear as rainhas de todos os lares, principalmente as heroínas crucificadas pela indiferença dos filhos, escrevemos este artigo.

(Adolpho Marreiro Júnior)