sexta-feira, 19 de julho de 2013

O VERDADEIRO AMOR

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários, foi atingido por um bombardeio.
Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas.
Entre elas, uma menina de oito anos,considerada em pior estado.
Era necessário chamar ajuda por um rádio e afim de que algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegassem ao local.
Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos traumatismos e à perda de sangue.
Era urgente fazer uma transfusão, mas como?
Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía o sangue preciso.
Reuniram as crianças e entre gesticulações,arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisavam de um voluntário para doar o sangue.
Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente.
Era um menino chamado Heng.
Ele foi preparado as pressas ao lado da menina agonizante e espetaram-lhe uma agulha na veia.
Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto.
Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre.
O médico lhe perguntou se estava doendo e ele negou.
Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo às lágrimas.
O médico ficou preocupado e voltou a lhe perguntar, e novamente ele negou.
Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso mas ininterrupto.
Era evidente que alguma coisa estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia.
O médico pediu para que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng.
Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele
e explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando…
Minutos depois ele estava novamente tranquilo.
A enfermeira então explicou aos americanos:
“- Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer.”
O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou:
“- Mas se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue?”
E o menino respondeu simplesmente:
“- Ela é minha amiga.”

(autor desconhecido)

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