quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SEM RUMO

Também pensei um dia
que a estrada fosse minha.

Caminhei minha cota do caminho
sem rumo, sem pressa.

Pisei o barro, a trilha sombreada
A estrada farta de espinhos.

Deixei as marcas dos meus pés
por esse mundo a fora.

Encontrei na areia
o aconchego e o calor.

Trilhei caminhos tortuosos,
cheguei a beira de precipícios.

Mas a rota sem rumo me levou
também a gramados e prados.

Florestas e bosques, oásis
onde me encontrei com a vida.

Em uma dessas encruzilhadas perdidas,
onde só você pode tomar a decisão
do destino a seguir.

Ainda caminho, mas já compreendi
que não sou o dono desta estrada.

Apenas a uso, como muitos outros.

Apenas passo, no meio da multidão.

A cada passo dado,
mais perto estou de mim.

A cada passo dado,
mais longe estou do fim...

(Almir Capthor)

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